Na manhã de Natal, ao acordar,
o menino correu rumo à sala
a ver se, sob a natalina árvore,
Papai Noel deixara-lhe um presente.
Seus ávidos e curiosos olhos –
iguais aos olhos de toda criança –
logo pousaram sobre um grande embrulho,
que estava, em breve instante, a ser aberto.
A alegria iluminou o rosto
do pequenino ao ver que seu pedido
fora atendido pelo bom velhinho,
que lera, com certeza, sua cartinha.
Aquela alegria natalina
e toda a magia que a envolvia
nem permitiu ao pequeno pensar
em quem, de fato, o brinquedo fizera.
Também não ensinaram ao menino
que o Natal lembrava outra criança
nascida entre animais lá em Belém:
o presente maior dado por Deus.
Do outro lado do planeta Terra,
uma criança em manhã de Natal,
cansada levantou-se e foi à fábrica
continuar a produzir brinquedos
com que ela própria jamais brincaria
por lhe negarem o direito à infância.
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